Sobre Ondjaki e Caio Fernando Abreu falam Francisco Topa e Patrícia Lino. Inês Evangelista Marques lê Caio Fernando Abreu. No Palacete dos Viscondes de Balsemão, às 18h30. A não perder.
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Da crítica — prólogo
19 de Maio de 2010O Francisco Saraiva Fino desafiou-me aqui a pensar e escrever o fenómeno crítico. Não resisti a aceitar o desafio. FSF tem vindo a publicar as premissas (1;2;3;4) que eu, a tempo, questionarei, revolverei, explorarei, com as quais concordarei ou discordarei e que servirão de catalisador para o meu (?) pensamento. Deste diálogo (a três quatro dez vinte, comigo, FSF e com todos os que pela sua voz se pronunciarem) espero — esperamos, tenho a certeza — que resulte uma reflexão séria, coerente e relevante. Agradeço-lhe, profundamente, o desafio (pesado, pesadíssimo) que colocou nos meus ombros, farei o meu melhor para corresponder às expectativas — ainda que sinta que este exercício me fará reflectir mais a minha própria posição do que analisar a dos outros.
A primeira parte seguir-se-á nos próximos dias.

Pequeno reenvio
16 de Maio de 2010Tenho estado à conversa com Francisco Saraiva Fino nos comentários deste post sobre o papel da crítica. Passem por lá, passem.

De novo um toldo vermelho
9 de Abril de 2010Agora Francisco Vale, editor da Relógio D’Água, examina a leitura da crítica sobre o polémico livro de Joaquim Manuel Magalhães, Um Toldo Vermelho. Limito-me a apontar. Mais nada. Não sou homem de entrar em polémicas.

Toda a gente critica a crítica
5 de Agosto de 2009Toda a gente tem uma opinião sobre a crítica literária mesmo que não tenha opinião sobre literatura, e toda a gente tem uma opinião sobre crítica de música mesmo que não tenha uma opinião sobre música […]. A todos eles recomendo que leiam a crítica onde Anthony Burgess escreveu aquela pérola, «nunca leio um livro sem primeiro o criticar, para depois não dizerem que tenho preconceitos».
Escreveu isto o Francisco José Viegas a propósito do caso João Bonifácio. Não vou falar sobre este caso em particular, perdi a oportunidade, sobre ele já se escreveram centenas de linhas e a minha posição em nada difere da maioria delas. Aproveito só este fragmento do FJV pela sua universalidade e intemporalidade.
A opinião geral da população é: os críticos são párias da sociedade artística. Sanguessugas. Artistas falhados, raivosos, invejosos. Ampolas de veneno sem fundo. Dizem mal de todos, menos dos amigos. Como em muitas outras coisas, há verdade nesta opinião. Como tantas outras, esta generalização é errada.
É impossível, à crítica, a imparcialidade que tantas vezes se lhe pede. De todos os estudos artísticos, a crítica é o mais subjectivo e o mais sujeito a erro, o que faz com que o seu exercício seja o mais inglório. E, simultaneamente, aliciante.
Crítica não é sinónimo de opinião. Opinião é dizer: gosto deste livro, não gosto daquele. Crítica é dizer: este livro é bom, aquele é um atentado. Claro, seria ingénuo não reconhecer que a opinião tem influência na crítica, é parte da sua componente subjectiva, mas é redutor assumir que a crítica é apenas opinião.
Toda a gente está autorizada a discursar sobre a crítica, a crítica é que não pode falar sobre nada (estranho caso, impedi-la da sua função). Ninguém lhe acha importância quando é má, colam-na nas contracapas dos livros quando é laudatória. Na minha curta, curtíssima, carreira (se assim tiverem a bondade de chamar), já tive oportunidade de o comprovar. Um autor, meu conhecido, após ler uma breve nota crítica que dediquei ao seu primeiro livro, declarou que não escrevia para críticos – está bom de ver qual o conteúdo da minha resenha.
Em resumo: os críticos são criaturas vis; excepto quando falam bem dos que gostamos.
Assunto a desenvolver mais tarde.

Ainda sobre as exclamações e os respectivos pontos
28 de Julho de 2009O Pedro Vieira ilustrou, como só ele sabe, a questão do ponto de exclamação. Em adenda ao post onde declarei o meu apoio, deixo a ligação para a posição do Francisco José Viegas.

Sobre a Tradução
16 de Julho de 2009Francisco Vale (assumo que seja ele, a maioria dos seus textos vêm assinados, este não) reflecte sobre a tradução literária em Portugal. A consultar aqui.
Se ainda não segue o blog da Relógio D’Água, ainda que não seja fã do catálogo, é imperativo que o faça pelas lúcidas considerações do editor. Imperdíveis.