Sobre José Craveirinha e Hilda Hilst falam Maria de Lurdes Sampaio e Inês Castro e Silva. José Caldas lê Clarice Lispector. Amanhã, no No Feminino Com, às 18h30. A não perder.
Sobre José Craveirinha e Hilda Hilst falam Maria de Lurdes Sampaio e Inês Castro e Silva. José Caldas lê Clarice Lispector. Amanhã, no No Feminino Com, às 18h30. A não perder.
Só queria lembrar que na quinta-feira, 18 de Fevereiro, não vou ser o único a falar. No mesmo dia e sessão que eu vai estar a minha querida amiga Inês Evangelista Marques, com a comunicação «Espelhos de mulheres: a imagem feminina nas cantigas de escárnio e maldizer de Joan de Guilhade». Um trabalho muito mais rigoroso e interessante que o meu, como facilmente confirmam. Também no dia anterior, 17 de Fevereiro pelas 14.30, o meu bravo companheiro Pedro Lopes Almeida vai apresentar uma comunicação intitulada «Presenças Ausentes: Belmonte, o esquecimento partilhado como tradução e narrativa», a não perder. O programa completo pode ser consultado aqui (p. 2 para as sessões de Filosofia de dia 17, p. 7 para as sessões de Literatura de dia 18).
Pedro foi, em simultâneo, carrasco e salvador de Inês. Deixo de lado os encantamentos macabros da história. Pedro podia ter salvo Inês da morte: pelo clima político, podia adivinhar o destino que Afonso IV preparava. Alguns diriam que, se realmente a amasse, Pedro a teria deixado viver. Consideram assim que o Príncipe não tinha mais que uma doentia paixão carnal pela dama espanhola e que, mais tarde, se tornou obsessão e psicose. Por outro lado há os que acreditam na ingenuidade de Pedro. E há um terceiro grupo que sugere que Pedro não foi ingénuo e que, dando-lhe a morte, salvou Inês na imortalidade. De facto, quantas amantes de reis portugueses sobreviveram ao tempo na boca do povo? Três hipóteses, todas com o seu quê de romântico (a loucura, a inocência, a imortalidade). A fusão das três narrativas resulta em algo de brilhante: a salvação de Inês do limbo do esquecimento e a tentativa eterna da redenção de Pedro.
Suscitado por isto.
Dia 28 de Julho, às 16h30, no Teatro da Comuna, apresenta-se O Berbicacho, de Álvaro Faria com ilustrações de Inês Ramos e Álvaro Santos.
Via Porosidade Etérea.